Era uma vez num reino do norte
Um homem nobre, cuja sorte
Jazia nos olhos do maligno
Seu futuro perdido, indigno
Pelas mãos de um negro trio
Feito só de palavras, vazio
Saudações ao guerreiro nobre
mais tarde rei, em outro robe
roubado às custas da morte
um homem sem lei não é forte
seu leite tão rico em grandeza
transmuta em frio fel, por natureza
Saudações à negra guerreira
mais tarde rainha, companheira
inspiração doente, desfortunada
pelo agouro da noite dessexuada
pela força da própria essência
uma triste insônia, e maldicência
Pois levou o marido às adagas
no meio do escuro, facadas
no seio da traição, gritaria
no eterno abandono da alegria
a consciência e o cansaço
pesam em constante embaraço
e como no inferno as figueiras
não há herdeiros nem herdeiras
navegando o mar vermelho
e as imagens no espelho
são visões, fantasmanias
são mortes em demasia
Era uma vez um reino invadido
pela mata corrida, pressentido
pelas bruxas num turvo olhar
e o destino do estranho par
é uma história apatetada
de som e fúria impregnada
sem sentido, sem paz
sem menos e sem mais.
by Claudinha M.
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