"Críticos vitorianos, indubitavelmente percebendo a intensidade subliminar da paixão de Brontë, parecem ter entendido este ponto muito bem [i.e., o fato do personagem Jane Eyre ser o "símbolo de uma rebeldia apaixonada e mal disfarçada"]. A sua 'mente contém nada além de fome, rebeldia, e fúria', Matthew Arnold escreveu sobre Charlote Brontë em 1853. [...] 'Jane Eyre é do início ao fim a personificação de um espírito indisciplinado e irregenerável', escreveu Elizabeth Rigby no The Quaterly Review em 1848 [...]. Anne Mozley, em 1853, relembrou para o The Christian Remembrancer que 'Currer Bell' [pseudônimo de Brontë] parecia na sua primeira aparição uma autora 'amarga, àspera e reclamona; uma alienígena da sociedade, intolerante a todas as suas leis'. Mrs Oliphant relatou em 1855 que 'dez anos atrás nós professamos um sistema ortodoxo de fazer romances. Nossos amantes eram humildes e devotados... e ó único verdadeiro amor que valia a pena era... o amor cortês que consagrava todo o sexo feminino... quando de repente, sem aviso, Jane Eyre roubou a cena, e a mais alarmante revolução dos tempos modernos seguiu à invasão de Jane Eyre'."
(Fonte: Gilbert & Gubar. The Madwoman in the Attic. London: Yale University Press, 2000.)
Nota: Copiado do original em inglês. A tradução é de minha autoria.
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