Num canto escuro
Acendo a velha chama
E num vulto, um sol de mim
aparece na cama
um encanto inculto
que se derrama
Num canto escuro
ainda vejo, e sinto
a minha pele nua, o teu beijo
que se insinua
então de cor não minto
o meu desejo
Neste canto escuro
dum fogo cerrado
essa sombra de mim
é meu brinquedo
tem-se esparramado
pela velha cama
nessa noite que emana,
insone, o meu medo.
Um comentário:
"... num vulto, um sol de mim..."
Adorei, Claudinha! E que, a seu tempo, a luz possa revelar o que há por detrás da sombra e que o medo possa, assim, dar adeus ao que oculta o desejo.
Beijitos!!!
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